Ouro chamou a atenção de bandidos para sequestro de mulher em Campo Grande

Joias usadas pela mulher de 50 anos, que acabou sequestrada na noite de sábado (18), quando chegava em casa, na região da Vila Antônio Vendas, chamaram a atenção dos criminosos que a fizeram de refém durante um assalto. A polícia procura pelo comparsa de Claudinei, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça nesta segunda-feira (20). O dinheiro pago pelo resgate da vítima não foi recuperado. 

Segundo o delegado João Paulo Sartori, os criminosos viram a mulher em uma padaria e ela estava cheia de joias, o que chamou a atenção deles. Então, a dupla resolveu segui-la até a sua casa. Ao chegarem a casa da vítima, invadiram o local e, fazendo ameaças, levaram a mulher como refém. 

Ainda de acordo com Sartori, acredita-se que inicialmente os bandidos não tinham planejado o sequestro, e sim, apenas o roubo. Sartori ainda falou que o comparsa e uma terceira pessoa que participou de forma indireta também são procurados pela polícia.

Levantar dinheiro antes de festa 

Quando preso, ele disse em depoimento na sede do Garras que havia sido convidado pelo seu comparsa para ir à festa de seu avô, e que, no caminho para a confraternização, o amigo teve a ideia de ‘levantarem’ dinheiro fazendo um roubo. Ele ainda contou que não estava muito a fim de ir, mas acabou aceitando. 

No caminho, viram duas mulheres que estavam em um Audi e decidiram segui-las. Assim que o carro entrou na garagem, Claudinei entrou junto e anunciou o assalto, invadindo a casa e rendendo o marido da vítima. O comparsa ficou do lado de fora e avisou ao criminoso que o vigilante da rua passou desconfiado. Assim, a dupla resolveu roubar objetos da casa e levar a moradora como refém já que acreditavam que havia polícia nas redondezas. 

A mulher foi levada para um cativeiro e lá os criminosos tiveram ideia de pedirem resgate ao marido dela. De início pediram o valor de R$ 50 mil, mas o homem disse que não tinha, baixando para o valor de R$ 18 mil mais um relógio rolex. Foi marcado um local para a entrega do dinheiro, sendo que Claudinei ainda teria dito que se fosse preso ‘ficaria ruim para a refém’. 

No local da entrega, o marido da mulher passou um envelope e o relógio para um usuário de drogas a pedido do criminoso que ficou de longe ‘cuidando’ da ação. Assim que recebeu o dinheiro, repassou R$ 50 para o usuário de drogas, retornando ao local do cativeiro.

A refém foi colocada dentro do carro e libertada nas imediações do macroanel. Após isso, os dois foram para a festa para não levantarem suspeitas. Após deixar a festa durante a madrugada de domingo (19), Claudinei disse que ficou andando a pé pela região já que sabia que havia policiais a sua procura. 

Ele acabou preso quando tentava guinchar o carro Fiat Uno, que era de sua ex-mulher. Segundo a mulher, ela não sabia que Claudinei estava com seu veículo e que recebeu uma ligação dele pedindo por ajuda, sendo ameaçada por ele, caso não o ajudasse. 

Roubo a malotes

O criminoso, suspeito de participar do sequestro, também esteve envolvido no roubo de malote no dia 3 de junho daquele ano. Ele trabalhava como pintor e pedreiro em um restaurante nas proximidades da agência e via a rotina de um funcionário. Ele identificou que sempre no mesmo horário a vítima atravessava a rua com um malote em mãos.

Assim, o assaltante chamou um comparsa e os dois cometeram o roubo, com um revólver. O autor ainda disse que usou parte do valor roubado — R$ 14 mil — para pagar pensão alimentícia que estava atrasada, bem como pagar dívidas de drogas. Ele ainda fez festas e comprou telhas para cobrir a casa em que morava.

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