Há uma semana no Garras, Fahd Jamil é submetido a perícia médica

Preso desde o dia 19 de abril em cela do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), Fahd Jamil, 79 anos, foi submetido hoje a exame de perito do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) que vai balizar a decisão do juiz Roberto Ferreira Filho sobre o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa. A investigação jornalística do Campo Grande News identificou que o procedimento foi feito nesta manhã.

O laudo, agora que a perícia está feita, precisa ficar pronto na sexta-feira (30), considerando o prazo de cinco dias dado pelo magistrado, menor em relação ao usual, de 10 dias.  Esse intervalo considera o dia da notificação ao Imol, que foi feita na sexta-feira (23), começando a valer ontem.

A tarefa do perito é responder aos quesitos sobre as condições de saúde do preso, elaborados pelos advogados de Fahd Jamil e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado),  atuante como acusação dos processos contra o réu.

Conforme o pedido dos defensores,  “Fuad” tem diabetes, hipertensão, problemas na coluna, e respira com apenas 30% da capacidade de um dos pulmões. O outro, teve de retirar por causa de um câncer.

Omertà – Fahd, chamado até pouco tempo de “Rei da Fronteira”, pela influência na região entre Ponta Porã, no Brasil, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai, é réu como chefe do crime organizado em três ações derivadas da operação Omertà. As acusações vão de tráfico de armas e formação de organização criminosa armada a homicídio e corrupção de agentes públicos.

Ele ficou 10 meses foragido, depois de expedição de mandado de prisão na fase 3 da Omertà, a Armagedon. Na semana passada, chegou de avião no Aeroporto Santa Maria, em Campo Grande, e foi direto para o Garras.

Lá mesmo fez o exame de corpo de delito, a audiência de custódia que confirmou a prisão preventiva, no dia 20, e o exame solicitado pelo magistrado, hoje.

E a decisão – Depois da resposta do perito, as partes são notificadas do resultado da perícia médica e só depois disso haverá decisão. Até lá, o preso fica no Garras.  Dorme em colchão levado por familiares em uma das duas celas que há no local.

Além de alegar condições de saúde frágeis, Fahd Jamil afirma estar sob ameaça do PCC (Primeiro Comando da Capital).

O juiz também pediu informações à Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) sobre onde seria possível abrigar o preso, tanto pelas questões de saúde quanto pela segurança.

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