Reinaldo evita dar prazo para atingir meta de vacinação em MS e condiciona ritmo a Bolsonaro
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) evitou estimar um prazo para atingir a meta de vacinar 70% da população sul-mato-grossense contra a covid-19, percentual necessário, segundo o PNI (Plano Nacional de Imunização), para frear significativamente a circulação do vírus. Segundo o tucano, o ritmo da vacinação depende da regularização das entregas de doses pelo governo federal.
“Vejo que tem alguns estados com cronograma de setembro, alguns até mais ousados, mas isso vai depender da oferta de vacinas que advêm do Ministério da Saúde”, disse o governador em entrevista coletiva concedida hoje (15), em Porto Alegre (RS), após reunião do Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul). Os governadores gaúcho e paranaense, respectivamente Eduardo Leite (PSDB) e Ratinho Júnior (PSD), também participaram do encontro.
Reinaldo afirmou que o governo federal não cumpriu com o cronograma de remessa de vacinas aos estados em março, abril e maio. De acordo com ele, devido a entraves diplomáticos com a China e por causa do recrudescimento da pandemia na Índia. Os países asiáticos fornecem o IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) para produção da Coronavac e Astrazeneca/Oxford, principais imunizantes adotados na vacinação brasileira.
“A gente espera que eles [governo federal] consigam antecipar essas doses que não vieram, muito por conta da falta do IFA. Se cumpridas as entregas, a gente pode, sim, no final de setembro ou começo de outubro ter a base vacinal de 70% da população de Mato Grosso do Sul”, completou o governador.
Nas últimas semanas, governadores pelo Brasil têm feito projeções para vacinar toda sua população adulta. Eduardo Leite e Ratinho Júnior prometeram imunizar todos com mais de 18 anos até o fim de setembro. O governador de São Paulo João Dória (PSDB) fala em cumprir a meta até 15 de setembro.
Segundo o “vacinômetro” da SES (Secretaria de Estado de Saúde), 36,17% da população sul-mato-grossense já recebeu ao menos uma dose da vacina contra a covid-19. O Estado tem revezado com o Rio Grande do Sul a primeira posição da “corrida” vacinal entre as federações.
Apesar disso, Mato Grosso do Sul segue com índices de ocupação hospitalar superiores a 100% e curva ascendente de contaminações e mortes pela covid-19. Sem vagas, a SES tem transferido pacientes para casas de Saúde de outros estados.