Polícia suspeita que homem planejou morte do tio para ficar com bens da vítima

Sauro Henrique Teixeira, 31, teria planejado o assassinato de Veríssimo Coelho dos Santos, 61, para ficar com os bens da vítima, entre eles uma carreta avaliada em pelo menos R$ 350 mil. Veríssimo, que considerava Saulo como seu sobrinho, embora não tivessem parentesco, foi morto a pauladas e com 16 tiros de pistola calibre 380.

A investigação sobre o homicídio, ocorrido na noite de 31 do mês passado em Dourados (a 233 km de Campo Grande), teve avanço na madrugada de hoje (7) com a prisão do segundo envolvido, Gustavo Rodrigues de Souza, 19. Ele estava escondido na casa de um amigo, no Jardim João Paulo II.

Com Gustavo, policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) encontraram uma pistola 380, mesmo calibre das cápsulas recolhidas no local onde o corpo de Veríssimo foi encontrado dentro de sua caminhonete Silverado branca, na manhã do dia 1º deste mês.

De acordo com o delegado Erasmo Cubas, chefe do SIG em Dourados, Gustavo confessou participação no assassinato de Veríssimo, mas a polícia ainda não sabe se ele recebeu dinheiro de Sauro para praticar o crime ou se cometeu o ato motivado por outros fatos. “O Sauro planejou o crime”, disse o delegado.

A polícia já descobriu que Sauro decidiu matar o tio de consideração após Veríssimo passar para o nome da empresa do sobrinho a carreta que também já foi apreendida. Entretanto, o delegado Erasmo Cubas ainda trata a motivação com cautela.

“Não houve qualquer tipo de pagamento do Sauro ou da empresa para o Veríssimo ou para a família, mas ainda não sabemos se o crime foi por esse motivo ou por outras dívidas, já que os dois vinham tendo alguns desentendimentos relacionados a questões financeiras”, explicou o delegado.

O crime – O corpo de Veríssimo Coelho dos Santos foi encontrado no banco do passageiro da caminhonete dele, uma Silverado branca, abandonada em uma rua sem saída ao lado de condomínio fechado na BR-163, saída de Dourados para Caarapó.

No local a perícia encontrou várias cápsulas deflagradas e intactas de calibre 380. O corpo tinha marcas de tiros, mas também ferimentos provocados por golpes na cabeça e no rosto. A polícia suspeita que ele já estava morto quando recebeu os tiros e foi deixado na Silverado, mas a dúvida só será esclarecida após o laudo do legista.

Sauro Henrique Teixeira, que havia passado a noite anterior bebendo e assando carne com Veríssimo, também chegou a ser considerado vítima, pois assim com o tio ele estava desaparecido.

Entretanto, no final do dia ele foi localizado em uma chácara e preso em flagrante. Sauro negou envolvimento no assassinato, mas a polícia encontrou uma toalha e um pano sujos de sangue na chácara onde ele estava.

“Boca de fumo” – Gustavo Rodrigues de Souza foi preso após a polícia encontrar a pistola na casa dele no Jardim Canaã 4, região leste de Dourados. No local, ele operava uma “boca de fumo” e também foi autuado em flagrante por tráfico de drogas. A mulher dele também foi presa. Papelotes de cocaína, porções de maconha e dinheiro foram apreendidos na casa.

A reportagem apurou que existem suspeitas do envolvimento de Sauro Teixeira com o tráfico de drogas, o que explicaria a ligação dele com Gustavo. Outros dois homens que estavam na casa onde Gustavo foi localizado no Jardim João Paulo II também foram presos.

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