Morto jogado em rio reaparece e polícia descobre mentira sobre assassinato em MS
Mário Lima de 33 anos que havia sido dado como morto depois da confissão de João Carlos Colman de Freitas de 38 anos sobre o crime, que aconteceu Paraíso das Águas a 277 quilômetros de Campo Grande acabou ‘reaparecendo’ na noite desta quinta-feira (10), em ônibus vindo da Capital. Mário não quis dar detalhes do que havia acontecido, já que disse que não se lembrava. Ele prestou depoimento ao delegado, que também não quis dar detalhes.
Equipes do Corpo de Bombeiros ainda faziam buscas pelo desaparecido, assim como, populares ajudavam. O delegado Felipe Poter afirmou que daria uma coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (11) para esclarecer o caso. João Carlos que foi preso em flagrante pelo assassinato e passou por audiência de custódia inventou a história com requintes de detalhes. Segundo João, conhecido como ‘João Mentira’, ele e José Augusto estavam com Mário Lima quando durante a ida até uma boate teriam esfaqueado Mário e jogado o corpo de cima da ponte, no Rio Verde. Bombeiros fizeram a varredura na região e o corpo nunca foi encontrado, já que a vítima estava viva.
Depois de desovarem o corpo a dupla, João e José, resolveram voltar para a cidade quando aconteceu um acidente e José acabou morrendo submerso dentro do carro, sendo que o corpo encontrado um dia depois por equipes do Corpo de Bombeiros. Segundo João Mentira, tudo teria acontecido entre a madrugada do dia 30, quando o suposto assassinato teria sido cometido e segunda-feira (7), dias depois quando o corpo de José Augusto foi encontrado submerso no carro.
O reaparecimento do morto
Com o reaparecimento do morto, Mário Lima, na noite desta quinta (10), a polícia descobriu toda a mentira. Na realidade, quando os três amigos teriam ido até uma boate para ingerirem bebidas alcóolicas depois da saída de um bar em Paraíso das Águas, encontraram o local fechado e decidiram vir para Campo Grande, onde Mário ficou o tempo todo em uma pousada. Quando reapareceu, Mário não soube explicar o que de fato havia acontecido.
José e João, então, voltaram para Paraíso das Águas, mas nesse meio tempo acabaram sofrendo um acidente quando José Augusto acabou morrendo afogado preso dentro do Gol, que era dirigido por João, que não tinha CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e estava embriagado. Ele fugiu e não disse para ninguém sobre o acidente deixando o corpo do amigo no rio dentro do carro. Sendo que depois inventou a história do crime com requintes de detalhes, mentindo para o delegado e o juiz em audiência de custódia.
Falso assassinato
Quando preso, João Carlos Colman de Freitas, de 38 anos confessou à Polícia Civil que participou do assassinato de Mário Lima de 33 anos. João e José Augusto seriam autores do crime. Eles trabalhavam juntos na mesma fazenda na região do distrito de Bela Alvorada, junto da vítima e teriam desferido um golpe de faca no tórax da Mário e desovado o corpo no Rio Verde, a 70 quilômetros de Paraíso das Águas.
O assassinato teria acontecido na madrugada do dia 30 de maio, e Mário teria conhecido os autores em um bar no distrito de Bela Alvorada, no dia anterior. Eles beberam e estavam seguindo para uma boate para beberem mais. Mário teria recebido o salário e estava com cerca de R$ 2 mil em dinheiro, que estava sendo tratado como latrocínio. Após bebedeira, o trio voltava pela rodovia BR-060, quando próximo ao Rio Verde, houve uma discussão entre Mário e José Augusto, que segundo João Carlos, ambos estavam no banco traseiro do veículo, quando foi desferido o golpe de faca contra Mário Lima.
A dupla, então, desovou o corpo de Mário o jogando de cima da ponte, no Rio Verde. Após o crime, José Augusto e João Carlos decidiram voltar e fugir para Rochedo. No dia do acidente, José Augusto estava dirigindo bêbado quando perdeu o controle e caiu com o carro no rio.