MDB sente o golpe com sentença e diz que confia na “integridade moral” de ex-governador

O MDB de Mato Grosso do Sul acusou o golpe com a sentença que condenou André Puccinelli (MDB) por improbidade administrativa por ter coagido ocupantes de cargos comissionados nas eleições de 2012. Em nota, os dirigentes da sigla veem a condenação como “inconformismo” do Ministério Público Federal e reafirmam a confiança na “integridade moral” do ex-governador, principal nome da sigla para disputar o Governo em 2022.

Conforme a sentença do juiz Lucas Medeiros Gomes, da 1ª Vara Federal de Campo Grande, Puccinelli foi condenado a suspensão dos direitos políticos por cinco anos, pagamento de multa de R$ 254,4 mil (dez vezes a última remuneração) e fica proibido de fazer contrato com o poder público por três anos.

A condenação é a primeira na história do emedebista, que não poderá mais se gabar de ser inocente perante o Judiciário. Além disso, a inelegibilidade por cinco anos, já começou a ser explorada pelos adversários, de que ele não poderá ser candidato à sucessão de Reinaldo Azambuja (PSDB) no próximo ano.

“A decisão proferida pela justiça federal nos autos do processo n.º 0000525- 43.2016.4.03.6000 / 1ª Vara Federal de Campo Grande, não torna o Ex-Governador André Puccinelli inelegível, visto que, existem recursos cabíveis que serão apresentados em momento oportuno”, afirmaram os presidentes municipal e regional do MDB, respectivamente, Ulisses Rocha e Junior Mochi.

“Tanto o MDB quanto o Ex-Governador confiam na justiça e que a verdade dos fatos prevalecerá com a sua consequente absolvição”, ressaltaram. Puccinelli poderá recorrer da decisão ao próprio juiz da 1ª Vara Federal, ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região e até ao Superior Tribunal de Justiça.

Os dirigentes do MDB também destacam que o processo foi julgado pela Justiça Eleitoral, que concluiu pela inocência do emedebista, apesar das gravações em vídeo dele chamando os servidores e definindo em qual candidato a prefeito e vereador deveriam votar. O candidato a prefeito era Edson Giroto, que também foi preso junto com André e condenado duas vezes na Operação Lama Asfáltica.

“Apesar disso, o Ministério Público inconformado com as decisões da justiça eleitoral ingressou com a presente ação de improbidade administrativa sobre os mesmos fatos, sendo que, diferentemente das provas juntadas aos autos que confirmam a sua absolvição entendeu o douto magistrado diferentemente”, afirmam.

“Diante disso, o MDB reafirma a sua plena confiança na integridade moral do Ex-Governador André Puccinelli e na sua consequente e definitiva absolvição nas instancias recursais”, frisaram. A sentença vai desgastar ainda mais a imagem do ex-governador, já abalada com as denúncias e a prisão por cinco meses pelos desvios investigados pela  Polícia Federal na Operação Lama Asfáltica.

“O MDB do Mato Grosso do Sul, esclarece que:

1. A decisão proferida pela justiça federal nos autos do processo n.º 0000525- 43.2016.4.03.6000 / 1ª Vara Federal de Campo Grande, não torna o Ex-Governador André Puccinelli inelegível, visto que, existem recursos cabíveis que serão apresentados em momento oportuno;

2. Tanto o MDB quanto o Ex-Governador confiam na justiça e que a verdade dos fatos prevalecerá com a sua consequente absolvição;

3. Estes fatos já foram apreciados por todas as instâncias da justiça eleitoral, sendo que em todas elas o ex-Governador foi absolvido destas acusações;

4. Apesar disso, o Ministério Público inconformado com as decisões da justiça eleitoral ingressou com a presente ação de improbidade administrativa sobre os mesmos fatos, sendo que, diferentemente das provas juntadas aos autos que confirmam a sua absolvição entendeu o douto magistrado diferentemente.

5. Diante disso, o MDB reafirma a sua plena confiança na integridade moral do Ex[1]Governador André Puccinelli e na sua consequente e definitiva absolvição nas instancias recursais.

Campo Grande, 11 de maio de 2021.

Junior Mochi

Presidente Estadual do MDB

Ulisses Rocha

Presidente MDB Campo Grande”

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