Polícia investiga se helicóptero avaliado em R$ 4 milhões que fez pouso forçado estava a serviço do narcotráfico
A Polícia Civil através Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) investiga se o helicóptero que fez um pouso forçado nesta quinta-feira (15) no distrito de Nova Itamarati em Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande, estava a serviço do narcotráfico.
Segundo a delegada Ana Claudia Medina, a aeronave avaliada em R$ 4 milhões estava com adulteração em uma peça do motor, além de estar sem plano de voo. Ainda segundo a delegada, o piloto não soube dizer quem seria o dono do helicóptero.
Ainda de acordo com Medina, a aeronave estava muito baixa, e por isso, bateu nos fios de alta tensão, e o voo baixo é característico de narcotráfico. O piloto teria dito que havia deixado um casal em uma fazenda em Antônio João e estava voltando para o interior de São Paulo. Antes mesmo da chegada da equipe do Dracco, o piloto se encarregou de descartar o GPS do helicóptero e de formatar o smartphone usado para falar com os “patrões” como um ato de desespero na busca por escapar do tirocínio da Especializada.
Segundo relato do piloto aos policiais federais quando ouvido nesta quinta (15), ele havia saído de Avaré (SP) com o helicóptero R-66, matrícula PR-HMR, cadastrado como propriedade da Ultra Pilots Táxi Aéreo. Ele acabou perdendo o controle da aeronave enquanto tomava água e bateu em um fio de alta tensão.
Após o acidente ele precisou fazer o pouso forçado. Quando pousou, o piloto foi detido por policiais militares, que não identificaram irregularidades na aeronave. Como o homem não tinha plano de voo e o helicóptero poderia ser usado para algo ilícito, ele foi encaminhado para a PF em Ponta Porã.
A situação do piloto perante a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) está regular. A aeronave não tem condições de voo, pois sofreu avarias durante o choque com a rede elétrica, por isso deverá ser retirado do local com ajuda de um guincho.