De volta à política, Puccinelli dispara: “Quem vai pagar meu prejuízo?”

O retorno ao cenário político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), depois de ter suas condenações pela Lava Jato anuladas pelo Supremo Tribunal Federal e de a mestre Corte Suprema ter declarado o ex-juiz Sergio Moro suspeito, uma figura política que teve um roteiro de acusações e prisão, também quer se recolocar no jogo em Mato Grosso do Sul: trata-se do ex-governador André Puccinelli (MDB).

O político tem se manifestado sobre a política nacional e sul-mato-grossense. 

Ao ser sobre o caso de Lula, se ele imaginava que poderia ter reflexos no seu processo sob a investigação da Lama Asfáltica, o político foi enfático e disse que ambos não têm correlação. 

E criticou o fato dele ainda não ter sido absolvido, já que, em 2018, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por unanimidade, anular a prisão contra ele, no âmbito da operação sul-mato-grossense.

“Muito antes dessa decisão do STF, há pouco mais de dois anos, eu tive minha liberdade declarada. Apesar dessa decisão, até hoje nenhuma audiência foi realizada para investigar o que quer que seja. E agora, quem vai resgatar meu prejuízo?”, questionou.

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Puccinelli ficou quase cinco meses preso, entre julho e dezembro de 2018, acusado de crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.

Retorno

Puccinelli estava afastado dos embates desde as eleições municipais do ano passado, tem voltado a se posicionar politicamente analisando, por exemplo, a volta de Lula ao jogo político nacional, que resgatou de forma mais enfática a polarização do lulopetismo e do bolsonarismo.

Além disso, o cacique emedebista tem apontado projetos anunciados nesta semana pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) como iniciados durante sua gestão à frente do governo do Estado. Isso demonstra uma possível intenção do político se viabilizar como concorrente a um cargo eletivo no pleito do próximo ano.

Sobre o cenário político e a volta da polarização mais acirrada entre o lulopetismo e o bolsonarismo

O ex-governador afirmou que, bem como no País, no Estado ele imagina que esses extremos, que foram o grande pano de fundo das eleições em 2018, não terão muita influência, pois o eleitorado está em busca de uma terceira via. 

“Quanto a polarização, ela vai trazer à tona uma terceira via, pois o povo está saindo dos extremos. Podemos visualizar esse cenário já nas eleições municipais do ano passado”, analisou.

Pretensões políticas

O ex-governador, assim como o ex-presidente Lula, começou a se posicionar e colocar sua figura, novamente, como um dos protagonistas do cenário político estadual. 

Na última semana, ele passou a comentar projetos anunciados pelo governador Azambuja. 

Um deles foi a notícia sobre a criação de um grupo de trabalho que terá como foco os projetos envolvendo as ferrovias Ferroeste, Malha Oeste e Ferronorte, que cortam o estado do Mato Grosso do Sul.

Segundo Puccinelli, esse projeto teve início em sua gestão em 2007, e elogiou o atual mandatário do Estado, por ter dado prosseguimento ao projeto que, apesar da demora, pode ter um desfecho favorável ao setor produtivo do Estado. 

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