Estados e municípios temem falta de oxigênio e alertam Ministério da Saúde

Após a crise da falta de oxigênio em Manaus, que levou os hospitais da cidade a uma situação de colapso, outros estados e municípios já temem pela falta do insumo. Os governos de Minas Gerais e Acre já solicitaram ajuda ao Ministério da Saúde para evitar um quadro de escassez de cilindros do gás em seus hospitais. Já em Rondônia, foi o Ministério Público Federal (MPF) que alertou o Executivo sobre um possível problema de desabastecimento no estado. Dezenas de municípios também estão sob risco de desabastecimento.

Na última terça-feira, o governo de Minas Gerais pediu ajuda ao Ministério da Saúde para que não falte oxigênio no estado. Por meio de nota, o governo do estado afirmou que “as empresas fornecedoras de oxigênio estão fazendo uma reestruturação logística para atender a alta demanda”. Segundo ressaltou o secretário de Saúde, Fábio Baccheretti, ainda não há problemas de abastecimento, mas o estado deve se preparar. 

Na semana passada, a distribuidora que fornece oxigênio para o estado do Acre informou que o produto pode faltar na região em um prazo de 15 dias. A escassezoperam atualmente com mais de 100% de lotação nas UTIs para Covid-19.Após o governo do Acre informar que há uma possibilidade de desabastecimento de oxigênio, o Ministério da Saúde confirmou ao G1 que já foi comunicado ocorre devido a alta demanda nos hospitais acreanos que oficialmente pelas autoridades locais e que foi feita uma requisição da compra de 300 cilindros que devem ser enviados ao estado até esta quinta-feiraEm Rondônia, na última sexta-feira, o MPF alertou o Ministério da Saúde sobre o possível desabastecimento do gás e pediu providências urgentes mediante o colapso na saúde na região. Após o alerta, o governo do estado afirmou que “não há falta de oxigênio e que estão sendo mantidas todas as medidas de prevenção para evitar o desabastecimento, bem como iniciativas para auxiliar as prefeituras que enfrentarem a falta de oxigênio”.

Alguns municípios de Rondônia, como Cacoal, Santa Luzia, Alvorada d’Oeste e Guajará-Mirim, enviaram ofício à Secretaria estadual da Saúde (Sesau) na semana passada informando sobre a possibilidade de faltar oxigênio nos hospitais municipais. Segundo o governo estadual, o ofício foi reencaminhado ao Ministério da Saúde e cada prefeitura é responsável pelo abastecimento de suas unidades. 

Outros municípios pelo Brasil também vêm relatando risco de escassez do insumo. Cerca de 60 cidades do Rio Grande do Norte enfrentam problemas com a falta de oxigênio, segundo o Conselho Estadual de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems). O consumo do gás aumentou cerca de 15% desde o início da pandemia. Durante o fim de semana, pelo menos três unidades desaúde da capital Natal e região metropolitana tiveram problemas com a falta do insumo.

No Ceará, 39 municípios estão sob o risco de falta de desabastecimento, segundo a Associação dos Municípios do Ceará (Aprece). O governador Camilo Santana (PT) negou a escassez de oxigênio em nota nas redes socias, mas afirmou que existe um ‘problema na entrega” aos municípios.

“Embora os contratos sejam entre os municípios e as empresas, o governo buscará ajudar no que for preciso para que o problema seja resolvido de forma urgente, para que a população não fique sem assistência”, publicou Santana.

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